Não sou grande fã de pessoas


O meu “Post” de hoje é o retrato daquilo que se passa na nossa sociedade e acontece a todos, ricos, pobres e aos assim, assim... E até a mim vejam só. Cá vai disto.

Não sou grande fã de pessoas pelas mais variadas razões. Primeiro, gostava de ser a única pessoa estúpida à face da terra mas, infelizmente, constato que nem por sombras sou o único. Não gosto de conviver com pessoas estúpidas; para isso já eu tenho de me aturar, e não julguem que é fácil. Gostava de tirar umas férias de mim, mas é difícil/impossível/complicado… Segundo, na esmagadora maioria das vezes, as pessoas são intriguistas, mesquinhas, egocêntricas e, claro, hipócritas. Apesar/além de todas estas “qualidades”, todos gostam de “compromissos”.

Pois é, como se não nos chegasse já o “compromisso” com a vida, com o/a namorado/a, marido/mulher, família em geral, trabalho e amigos de quatro patas (ou sem patas)… Sinceramente, não quero mais compromissos! Mas agora sou obrigado a telefonar todos os dias aos amigos, ou a convidá-los para sair, ou ir ao café?! Estou fora disso! A palavra "amigo" é muito mais importante e significa muito mais do que , sair, telefonemas todos os dias e cafés. Acho que muita gente confunde "amigos" com acompanhantes baratos.

À primeira vista devem pensar que sou um gajo fodido, mas alarguem a “visão cerebral”… Exigir ou estar à espera que o amigo/a faça isso não é ser amigo, é ser egocêntrico, além de se demonstrar falta de respeito pelos gostos do outro. Quem somos nós para criticar ou julgar alguém que, entre sair com um amigo ou passar o dia (ou noite) com a namorada, escolha a namorada? Tanto eu como a minha namorada queremos estar o mais  tempo possível juntos porque além de namorados, somos amigos, amantes, malucos e muito, muito mais. Já me criticaram por isso e vejo outras pessoas serem também criticadas pelo mesmo.

A única coisa que se deveria esperar de um verdadeiro amigo, e isto é o que eu faço, é que nos deixe rir à nossa vontade sem ter inveja por não estar presente, que critique se o tiver de fazer e nos apoie nos momentos maus. Bastante gente, o que quer é participar nas “festarolas”, e estar presente nos momentos de alegria dos outros… Esquecem-se é de que há momentos de alegria que só são para serem vividos na exclusiva intimidade de quem os vive, e só se poderá juntar alguém se alguém os convidar.

Não gosto de auto-convidados… Sempre que há “rambóia” são os primeiros a querer estar presentes… Depois, nos momentos maus onde é que andam? O problema é mesmo esse, os “momentos maus”, porque quando é para rir todos querem estar connosco, mas quando é para chorar fogem com a desculpa de terem de ir cagar, ou desligar a televisão que está no “Standby”. Nesta matéria, digam o que disserem, e pode até a vaca tossir, é a pura das verdades. Fala a experiência…

Não sou fã das pessoas porque também já me enganaram, e quem é que não fica escaldado? Tudo bem, sei que "o Homem é o único animal que tropeça duas vezes na mesma pedra", mas à terceira ou quarta já é estupidez suficiente, pelo menos para mim. Quem é que gosta, depois de comprar um telemóvel, perceber que ele, afinal, não funciona? Podem-me perguntar “ Óh, o que tem isso a ver com as pessoas?” Tem muito! Quer queiram quer não, todos os dias nos vendemos, tal como compramos os outros.

Quem é que, depois de falar cinco minutos com alguém, não acha a outra pessoa simpática ou, outras vezes, antipática? Todos nós, por uma vez que tenha sido, o fizemos já. Na minha opinião, fazemo-lo constantemente, e porquê? Porque algo na aparência ou no discurso nos agrada, por exemplo. Lá está, gostamos da embalagem mas o produto, muitas das vezes, está fora de prazo...

Além de não ser fã de pessoas ditas comuns, também tenho motivos para desconfiar das que me são mais próximas. Para vos dar um exemplo muito pessoal, a minha ex-namorada chegou à conclusão que já não gostava de mim, portanto meteu-me a andar de patins (nem eu a condeno por isso porque se pudesse acabar a minha relação comigo fazia-o em menos de um “ai”).

O que eu não posso aceitar, e condeno liminarmente, é depois de uma relação, vir-se difamar a outra pessoa. Se nós acabamos uma relação e dizemos “Acho que já não gosto de ti… porque não gostas de sair e eu gosto…” não vamos contar às outras pessoas tudo menos aquilo que dissemos à outra…

Para mim, difamar, é uma mentira com uma finalidade muito mais grave do que uma mentira comum. Uma “mentira comum” pode-se dizer às vezes, aqui, ou ali, mas uma difamação é contar aquilo que nunca se passou, é transmitir uma ideia errada de factos e acontecimentos com o único intuito de denegrir a imagem de alguém… Também me podem dizer que, depois de ser rotulado como “ muito ciumento” pela ex-namorada não vem mal ao Mundo, ninguém morre por isso… Eu morro! Um pedaço de mim morre. Morre aquele pedaço que não quero deixar apodrecer, e quero sim aperfeiçoar ,nem que o tenha que fazer todos os dias até ao resto da minha vida.

É uma ofensa para mim, como é para a minha actual namorada que sabe quem sou (3 anos, não é docinha?), e conhece todos os meus defeitos (muitos) e desses, o ser “ciumento” não faz parte de maneira alguma. Tal como alguém já disse “Não somos responsáveis por ter emoções, mas sim pelo que fazemos com elas”, ser ciumento é uma coisa, demonstrá-lo é outra completamente diferente e eu não me deixo ir pelas emoções irracionais e primárias. Apesar de tudo isto, e de lhe estar a dar o tempo de antena que nem merece, só lhe desejo 4 coisas na vida: saúde, honestidade, humildade e respeito por quem tanto fez por ela e também a respeitou.

Vendo bem, tudo isto é uma forma de publicidade, ok, é feia, baixa, mesquinha e enganosa. Mas mais grave do que tudo isto, é a difamação vir da boca de uma “mulher” que aos olhos da sociedade raquítica e anormal a vê como frágil e repudia o homem tratando-o como monstro que nada pôde fazer (nem pode) para se livrar da fama averbada. Talvez a única coisa que fez, ou pelo menos tentou fazer, foi ser digno e respeitar a outra pessoa, antes e depois. Não se pode ser é sempre “papalvo” e ignorar as atoardas que inventam sobre nós.

Como vêem, “comprei” um produto, uma embalagem que me parecia de qualidade, e saí enganado com o conteúdo. Detesto isso e não consigo conviver com esta ideia. Certas pessoas são autênticos cavalos de Tróia. Vão-me dizer que estas coisas são normais. Infelizmente são, é a realidade, mas apesar de se ter a consciência tranquila, isso só não chega, por mais que tentemos; não nos basta ser sérios, também temos de parecer… Já dizia o Duarte, no “Duarte e Companhia”: “Neste país, as aparências são mais importantes do que a tranquilidade de todas as consciências”.

Pois é, a verdade é mesmo essa, mas é isso também que eu vou mudar no mundo, ai é, é. E não me digam que sou maluco. Lá por estar a ver elefantes de bikini não quer dizer que o seja. A culpa deve ser mesmo da azeitona que comi ainda há pouco…
 
Há coisas que têm que ser ditas, escritas, e repetidas até à exaustão.
Nesta feira das vaidades, e neste mercado que é o Mundo, cuidado com as aparências, cuidado com as compras. Também o capuchinho vermelho foi comido pelo lobo mascarado de avó…
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