Publicidade

Mas isto dá dinheiro?


Prometam-me uma coisa. Se gastam dinheiro nestas tretas, dirijam-se a um guiché no Hospital da vossa área de residência e peçam apoio psiquiátrico. Caso não queiram ter esse trabalho podem contactar o Hospital Psiquiátrico de Lisboa Vulgo Júlio de Matos:       

Telefone: 21791 7000
        Fax: 21 780 0081

Façam esse favor a vós próprios. A vossa saúde mental é importante, até ouvi dizer que nos hospitais psiquiátricos têm  uns coletes todos bonitos que abotoam nas costas... Estão à espera do quê, telefonem já!

Palavras para quê? É o clube do regime Português.

 

Falcao, águias e outras rapinas

1 Pedro Henriques é um árbitro que, quando apareceu, prometia bem mais do que aquilo que viria a cumprir. Por razões que ignoro, o facto é que ele nunca passou de um árbitro banal, às vezes mesmo, pior do que isso até: acumula algumas limitações de julgamento, técnicas, com uma postura de vedetismo e autoritarismo que, não sendo qualidades em si mesmas, só podem tornar mais evidentes os defeitos. Nada é menos eficaz do que o autoritarismo sem a autoridade natural da competência. E, desta vez, quem pagou as favas foi Falcao — ou, como bem disse Jesualdo Ferreira, o espectáculo do Porto-Benfica que aí vem. Por desejo de protagonismo, por autoritarismo, Pedro Henriques resolveu tirar Falcao do clássico deste fim-de-semana, conseguindo ver numa mão em queda de um jogador em queda, depois de derrubado pelos adversários, uma atitude adequada para um cartão amarelo. Incompetência: essa mão na cara do adversário ou ele a julgava como acidental ou a julgava intencional — e então, seria uma agressão, que daria motivo para um vermelho directo, jamais para um amarelo. Exibicionismo: num jogo já decidido e sem história, Pedro Henriques não resistiu a entrar para a história como o árbitro que impediu que a luta pela Bola de Prata entre Falcao e Cardozo pudesse continuar a ser o único, rigorosamente o único, motivo de interesse que ainda resta neste campeonato. Nesse instante, de peito feito, ele achou-se importantíssimo, a suprema autoridade. Enganou-se e o seu engano é ridículo: Falcao faz falta ao espectáculo e, na disputa particular em que estava envolvido, é insubstituível; ele, não.

2 De qualquer maneira, não é justo mandar todas as culpas do desfecho da Bola de Prata para cima de Pedro Henriques. Jorge Jesus fez notar que a Bola de Prata é um troféu que já escapa ao Benfica há muitos anos — e que o Benfica adorava juntar este ano ao título de campeão, já entregue. E, como se tem visto e se viu outra vez este fim-de-semana, estamos em ano em que o Benfica quer, o Benfica tem. Os jogos do Glorioso têm tido uma fatal tendência para serem marcados por uma série infindável de penalties a favor (que Cardozo lá vai transformando, mais mal que bem) e por expulsões dos adversários, que muito facilitam os desfechos. Cardozo leva uns dez penalties convertidos no rol dos seus golos acumulados, Falcao leva dois. Cardozo leva alguns golos validados em off-side (como o terceiro do seu hat-trick contra o Olhanense), Falcao leva quatro golos limpinhos anulados por falsos off-sides. Está uma passadeira vermelha estendida para que Óscar Cardoso leve a Bola de Prata, a de Ouro e a de Diamantes. Resta, como me confessava um benfiquista mais tranquilo que outros que por aí andam, que Falcao é muito melhor avançado e jogador do que Cardozo — como aliás percebe qualquer um que perceba de futebol. E eu, que até acho que Cardozo é um bom avançado e útil na sua missão, não pude deixar de concordar com este benfiquista, quando ele, recebendo a notícia do terceiro golo de Cardozo contra o Olhanense, comentou: «Se ele, além de marcar golos, soubesse jogar futebol, já estava no Real Madrid!».

Não impede que Radomel Falcao, tão a leste destas guerrilhas internas, foi roubado de um troféu individual que indiscutivelmente merecia e mereceu, pela época que fez, pelos golos que marcou e pelos que injustamente lhe anularam e pelo jogador que é. Falcao saiu do jogo de Setúbal em lágrimas por não poder jogar o seu primeiro Porto-Benfica; Jesualdo Ferreira foi expulso do banco pela primeira vez na sua carreira. E Pedro Henriques lá vai continuar igual.

E não impede que Vítor Pereira deveria ter mais pudor em não nomear para os jogos finais do campeonato os árbitros que o mundo inteiro sabe que levam uma mancha benfiquista no coração. Lucilio Baptista — um dos piores árbitros dos últimos anos do futebol português — já não tem margem para benefício da dúvida, quando arbitra o Benfica. Toda a gente o sabe, toda a gente o vê, já toda a gente sorri quando o vê actuar com o Benfica em campo. Desta vez e em apenas oito minutos, ele liquidou o Olhanense e nem sequer deixou qualquer hipótese de que o jogo se pudesse vir a complicar para o Benfica. Aos dois minutos, marcou pressurosamente um daqueles penalties de bola no braço que, em querendo, só não se assinalam aos manetas (e bem menos evidente do que o braço na bola com que Aimar amorteceu para marcar o quinto golo do Benfica). E, aos oito, aí já com razão, mostrou o segundo amarelo ao não-maneta do Olhanense e, com isso e o penalty inventado, o jogo ficou arrumado, tirando os fait-divers: o quarto golo em off-side, o quinto preparado com a mão. Viva o campeão e o Bola de Prata!

Consola-me pensar que em breve Lucílio Baptista gozará a sua justa reforma e Ricardo Costa a sua justa retirada de cena. Cumpridas as suas missões, elogiado o seu zelo em defesa da «transparência». E talvez, quem sabe para o ano, o campeonato se resolva exclusivamente dentro do campo e não haja protagonistas marginais ao jogo a cumprirem a sua penosa missão de retirarem de jogo os seus verdadeiros e melhores protagonistas. Um campeonato inteiramente jogado à luz do dia, longe das sombras dos túneis, dos tiques de autoridade de personagens menores e que nenhuma, nenhuma falta fazem ao futebol.

3 Ricardo Costa retira-se, aliás, com mais uma derrota na sua infatigável batalha contra o F.C. Porto: o Conselho de Disciplina não apenas revogou o seu «castigo» de mais três meses de silêncio a Pinto da Costa, como ainda lhe lembrou esta coisa evidente: quem é o Sr. Ricardo Costa para querer silenciar quem quer que seja? Quem é este Torquemada de trazer por casa que se acha mais importante do que a própria Constituição da República? Quem é este mestre de direito cujas brilhantes teses, e de sentido único, nunca são acompanhadas por ninguém mais que julga os mesmos factos que ele? Quem é este pavão justiceiro que até consegue retirar à águia o brilho que, todavia, nós até lhe reconhecemos? Bye, Bye, Dr. Costa, volte lá para de onde nunca deveria ter saído.

4 Fantástico José Mourinho: ele e só ele derrotou o Barcelona. Não foi o Inter, porque o Inter é uma equipe banal, apenas com um grande guarda-redes e um excelente médio-esquerdo chamado Snejder. O resto são vedetas sem sustentação futebolística — como esse menino mal-educado que é o Balotelli, um jogador absolutamente vulgar, que eu, francamente, não consigo entender como é que merece de Mourinho mais atenção e mais oportunidades que o Ricardo Quaresma.

É sintomático que toda a critica tenha escrito que Mourinho anulou o Barça — jamais que o Inter fez um grande jogo. Não fez, nem nunca faz (talvez contra o Milan, no campeonato, e contra o Chelsea, em Londres). De resto, o futebol do Inter é tão entusiasmante como o Ricardo Costa a explicar as suas teses jurídicas: é um futebol incapaz de dar vida a um moribundo a quem prometessem mais dez anos de vida. Mas isso só torna mais notável o desempenho de José Mourinho: a sua capacidade única de estudar os adversários até à alma e de inventar maneira de os reduzir à impotência e o seu talento para juntar nove homens banais, acrescentados de dois ou três bons, e deles todos fazer uma equipe ganhadora. Mas, continuo na minha: de todas as equipes vencedoras de José Mourinho, a que melhor futebol jogava, que mais espectáculo dava, foi o F. C. Porto de 2003, que venceu em Sevilha a Taça UEFA.

PS: Ricardo Araújo Pereira lá prossegue a sua insana tarefa de meu arquivista particular e não nomeado. Desta vez, e para além do desejo reiterado de não me ver falar de árbitros (exclusivo de cronistas benfiquistas, como ele), realça a minha grande contradição por, em Julho passado, ainda a época não tinha arrancado e eu não tinha visto jogar ninguém, ter previsto que o F.C.Porto era outra vez o principal candidato ao título. O facto de, logo em Setembro e depois de ver o que já havia para ver, ter começado a escrever que o Benfica era a melhor equipe, à vista, não anula essa penosa contradição que ele me atribuí. Ao contrário dele próprio, a quem ninguém verá jamais um elogio ao futebol jogado pelo F.C.Porto (aliás, futebol, propriamente dito, é assunto que nunca o ocupa), ele acha que eu cometi o crime de não ter começado a elogiar o Benfica logo após o Torneio do Guadiana. OK: solenemente declaro, desde já, que o meu favorito para o ano é o Benfica. É o Benfica, é o Benfica.

Entretanto, agradeço ao arquivista ter-me lembrado que em Olhão, no jogo da primeira volta, o Cardozo só não foi para a rua porque o árbitro, enquanto caminhava para ele para lhe mostrar o vermelho merecido, lembrou-se do Benfica-Porto na semana seguinte e mudou o vermelho para amarelo. O Pedro Henriques também se lembrou do Porto-Benfica, mas, estranhamente, a consequência foi a oposta...

Miguel Sousa Tavares n'A Bola.


Este ano o SLB jogou bem (e joga) mas ninguém se vai esquecer das tropolias deste campeonato. Espero bem nunca ouvir falar em apitos Dourados nunca mais, é que nunca se viu algo assim... Claro que só os adeptos do SLB acham tudo normal e transparente, mas não discuto futebol com gente cega e fundamentalista.

P.S.: O golo do cardozo não foi em fora de jogo, e a grande penalidade foi forçada, como é óbvio... Mas bateu na mão do jogador também não há dúvidas. Só defendo que se assinale penalti quando a bola vai para a baliza e é desviada pela mão, seguramente este não era o caso. Verdade seja dita e sem cegueiras.

Escondam as criancinhas...

O Papa vem aí.

Eles até limpam a cidade, sim porque o "Papa" que é só uma pessoa, é mais importante do que as milhares que vivem em Fátima. Um tipo que se veste com um longo vestido, um boné "démodé" e que anda com uma espécie de cajado na mão com um tipo pregado numa cruz, tem das maiores credibilidades de sempre.

Acho muito bem que limpem as cidades por onde ele passa, ao menos limpam-nas de 50 em 50 anos, não está mal. O Papa vem do Vaticano, um pequeno País que é dos mais ricos... Será que é por roubarem doces às crianças que muitos deles molestam? Quando acabarão estas poucas vergonhas?

Se o vaticano é tão rico, porque é que não distribuem riqueza pelos pobres? Não é o que o Papa está sempre a pedir? Igualdade para todos, etc, etc... E se em vez de falar fizesse alguma coisa?

Parece que a sua santidade até vai ter direito a uma cadeira que está a ser feita especialmente para ele... A pessoa que a está a fazer, diz que um dia os netos vão se orgulhar dele (LOL). Espero bem que, se algum dia eu for avô, que eles se orgulhem de mim pelo o que eu faço para os ajudar [a eles ou a outros] e não por eu ter feito uma cadeira para "A", "B" ou "C".





Gostava de saber porque é que se orgulham do Papa... Será por ele usar aquela vestimenta que eu descrevi, ou será porque ele fala sem fazer nada? Dizem que quando ele fala traz esperança... Realmente tem a sua verdade, eu fico sempre na esperança que se cale e faça algo.

Escondam as crianças dos Padres, nunca se sabe.

Aqui está o 25 de Abril na sua plenitude


                                         "Nove em dez empregos novos são precários."

                                           Título de JORNAL DE NOTÍCIAS - 25/4/2010


Como já tinha escrito, o verdadeiro 25 de Abril ainda não se deu. Talvez tenha ocorrido para os empresários, os que são patrões. Hoje em dia, escusam-se com a crise (seja lá o que ela for), para "pressionar" os trabalhadores: "Epá isto está difícil... Está complicado ter dinheiro para vos pagar. Vamos ter que trabalhar mais para ver se se consegue." Este é só um exemplo até muito "soft" porque a relação do patrão com o empregado é feita com arrogância e maior violência psicológica, do género: "Se não fazes, vais-te embora e o que não falta aí é gente para entrar." ou "Hoje em dia já não há empregos fixos.".

Já estive em alguns empregos em que, de 3 em 3 meses, se mudava o nome à empresa e, com essa mudança, vinha a história do "isto está mal, começámos agora..." e depois aumentavam a carga horária e diminuíam o vencimento. Diminuiram-me o vencimento por 4 vezes; foram as vezes que a empresa mudou de nome.

Trabalhei no Intermarché de Évora, na secção de líquidos (vinhos, cervejas, bebidas brancas, águas, sumos de pacote, sumos de garrafa, etc.) e quando chegava a minha hora de sair era pressionado para ficar a fazer mais horas [com a tal chantagem de se poder perder o emprego e "há outros que fazem"], horas essas que já me tinham avisado de antemão que não iriam ser pagas. Mas pasmem-se, nessa secção era para estarem a trabalhar 3 pessoas, mas não estavam, estava só uma pessoa, eu. Como eu queria conservar o meu posto de trabalho, sentia-me mal (com a consciência) se não ficasse, mesmo sabendo que não iria receber por isso. Uma das vezes cheguei menos do que 5 minutos atrasados e o meu patrão perguntou-me se aquilo é que eram horas de chegar. Expliquei-lhe que tinha saído 2 horas depois do meu horário na véspera, ao que ele simplesmente me respondeu que não lhe interessavam as horas a que eu saía, mas sim às que eu entrava...

Hoje em dia, o empregado é um escravo que só ali está para ser usado, uma e outra vez até à exaustão.

Ainda me fizeram outra. Como eu tenho uma vida de pobre e com algumas dificuldades, montaram-me uma cilada (que saiu furada). Mandaram-me para o corredor dos vinhos e das bebidas brancas e lá encontrei uma carteira de senhora (enorme). Agarrei nela e, sem demoras, levei-a ao balcão de informação, entregando-a. Obviamente, nem a abri; se calhar, se fosse na rua, fazia-o para ver de quem era. Mais tarde, vim a saber, por um rapaz que se tornou meu amigo e que trabalhava na vídeo-vigilância,  que essa situação da carteira tinha sido montado pelo patrão... Tudo isto porque alguém andava a comer donuts das "quebras" (quando a embalagem está aberta ou tem o produto danificado, coloca-se numa zona designada por zona das quebras) e o principal suspeito era eu. Portanto, está aqui mais um exemplo prático de como tudo funciona: se formos pobres, somos ladrões.

Lá se veio a descobrir que afinal quem andava a comer os donuts era uma rapariga (Romena) da limpeza porque recebia mal e não tinha muito que comer. Em vez de um "ralhete" despediram a rapariga. Em Portugal não há pedagogia. Essa palavra é o mesmo que mostrar a cruz ao Diabo. As senhoras da limpeza (as Romenas) diziam-me que mais valia não terem saído do seu País, pois aqui era igual, senão pior, nem sabiam bem.

Obviamente que quem se queixa é quem recebe os extraordinários salários de 450€. Dos 600 € para cima poucos ou nenhuns falam... Pudera, ainda podem perder o que têm. Usamos muito aquela máxima "Com o mal dos outros posso eu bem".

25 de Abril? Sim, sempre... Sempre que acontecer, quando acontecer um a sério... Até lá, posso já não estar cá.

A revolução dos (es)Cravos

 

Um gajo acorda, liga a televisão e vê uma data de engravatados com cravos na lapela que comemoram a "liberdade". Liberdade? Liberdade no quê, do quê? Passámos de roubados e calados, para roubados, escravizados e com a pouca liberdade de nos podermos queixar? E ao que é que nos leva a queixa, e a conversa? Com a revolução ficámos ainda piores. Agora em vez de sermos roubados por "um", somos roubados por uma data deles que compram submarinos com trafulhice à mistura, tiram cursos ao Domingo, entram em escândalos de corrupção, os Freeports, compras de televisões, Bancos, etc, etc, etc.

Acho que a revolução foi mesmo das flores: a partir desse dia começaram a aparecer mais...

Quem fez a revolução não foi o povo, foram os militares. O povo Português não quer fazer nada; os homens querem papar as mulheres e ser ricos e as mulheres querem subir na vida, nem que seja "na horizontal", e ser ricas. Muitas querem sê-lo sem trabalhar, depois casam-se com velhos cheios dele... Mas ninguém olha para o lado, para o vizinho ou o amigo, e deseja a sua felicidade. O Português é invejoso e egoísta. Desde que a televisão foi inventada que, em Portugal, as pessoas querem é aparecer nesse rectângulo, seja lá pelo que for.

Foi por tudo isto e muito mais que nós já fomos donos de meio Mundo e perdemos tudo. O Português não pensa em conjunto, só pensa em si próprio. Prefere dar dinheiro para outros Países (e povos), do que ajudar os pobres do seu País que dormem ao pé da sua porta. E porquê? Porque se der ao pobrezinho que dorme ao pé da sua porta, o acto não é "visível"; já ninguém pode dizer ou achar que ele é uma excelente pessoa.
Quando dou uma esmola (por exemplo), estando eu desempregado e recebendo mal, é porque quero ajudar a outra pessoa (para aquele dia, pelo menos), e não preciso que "vocês" me venham aplaudir esse acto. Fico extremamente feliz quando a pessoa que eu ajudo fica alegre e me agradece. Sim, também sou egoísta, não quero esse momento partilhado com mais ninguém; só eu e a pessoa é que temos que saber.
25 de Abril, liberdade e democracia? Quando realmente a revolução dos (es)Cravos acontecer, avisem-me.


P.S.: Obviamente há excepções à regra, existem Portugueses diferentes dos que eu descrevi... São é poucos.

Curiosidades e factos que desconhecem

Eu e o meu Chachada Total, orgulhamo-nos em vos apresentar um estudo realizado por mim. O estudo é baseado em algumas figuras conhecidas, e de alguma forma marcantes, da história do cinema e da música.

Ora bem, passemos aos factos. Ei-los:




Quando Elvis Presley veio a este Mundo, em 8 de Janeiro de 1935, não veio sozinho. Juntamente com Elvis, nasceu o seu irmão gémeo que já tinha nome e tudo, mas que morreu... O seu nome era... E este é o facto que desconhecem... "Pelvis"! É verdade, seria o Pelvis Presley. O seu irmão Elvis, para o homenagear, resolveu desenvolver uns passos de dança que o celebrizaram naquela época. Os movimentos consistiam em movimentar a "Pelvis" de forma sugestiva. Agora já sabem porque é que ele fazia aqueles movimentos; não eram espasmos, era uma homenagem. Com esta notícia, muitos e muitas de vocês, já dormem mais tranquilos de certeza, daqui em diante.

Mas não me fiquei por aqui, ai não, não. Fui pesquisar a vida do Bruce-Lee e descobri que a família era "Bruce" e não "Lee". Agora reparem no que apurámos:




Bruce-Lee nasceu em  27 de Novembro de 1940. O resto da história acho que é do conhecimento de todos... menos uma "coija"... Não sabíamos nada sobre a sua família. Bruce-Lee tinha uma família numerosa e interessante. O pai era Luso-Descendente, era o Sr. "Bruce-Luso". A mãe era a Sra. "Bracelete"... Depois concluí, tendo por base provas irrefutáveis, incontestáveis e, acima de qualquer suspeita, que Bruce-Lee tinha mais dois irmãos dos quais não se orgulhava: um era o "Bruce-Selim" e o outro o "Bruce-Lóse"... Com nomes destes, se calhar também não me orgulhava...

Estou receptivo a todos os vossos aplausos, elogios e doações (monetárias), pois este estudo verídico está para nós  como o "Bibi" está para a Casa Pia.

Assim que abrir uma conta, faculto-vos o meu NIB para poderem contribuir.

Um bem haja a mim. Grandes informações.

Instituições de utilidade Pública em Portugal... O espelho de um País. (Parte II)

 PARTE II (Fotos e "Post" em actualização)


A "Misha"... Tenho muitas saudades dela. Uma grande amiga e companheira. Só não a vou visitar porque tenho pena do que possa ver que não me agrade, como os cães magros, por exemplo.

Com todas as situações que descrevi na Parte I, e depois de ter avisado a direcção do C.A. "N" vezes de que iria fazer queixa na Inspecção Geral de Trabalho, eles faziam de conta que não ouviam e desvalorizavam a situação... Achavam que um pobrezinho como eu, sem os conhecimentos que eles tinham, não iria fazer nada. Enganaram-se. Fiz mesmo a denúncia. A inspectora que foi ao meu local de trabalho, para terem noção da "cena", depois de ver as condições meteu as mãos à cabeça e disse-me "Meu Deus, isto não tem condições para os animais, quanto mais para os trabalhadores!". Já estão a ver  filme.
Agora atentem. Ao meu cuidado tinha cerca de 120 e tal cães (o valor não era sempre o mesmo porque saiam e entravam animais), lavar os canis sozinho (acontecia nas férias do senhor que ia só de manhã e nas suas 2 folgas por semana) em 4 horas, ao mesmo tempo que tinha que atender as pessoas, guiá-las no espaço do canil, respondendo a perguntas, resolvendo problemas que surgiam  (ou tentando), atender telefonemas (no telemóvel do canil porque não tínhamos electricidade), dar comida, mudar águas, tratar dos feridos e doentes, apanhar os cócós à pá, tratar dos gatos, dar-lhes comida e limpar, lavar gamelas... Enfim, e a minha colega e responsável a receber um chorudo ordenado sem fazer "peva". É justo, não é?! É transparência, não é?! Pois, mas ninguém vê o que está na cara escarrapachado sem hipóteses de se falhar.

Este é o País dos ricos e dos compadrios. Este é um País em que uma Instituição de Utilidade Pública faz falcatruas, omite receitas e paga a funcionários pela porta do cavalo... E a alguns funcionários, paga-lhes porque são amigos. Uma vez, foi-me deixado o envelope com o dinheiro que eu recebia (era assim que faziam) em cima de uma bancada, só que estavam lá 2 envelopes, não reparei nesse pormenor e agarrei num e abri... 400€ era o que lá estava dentro, eu como tinha feito, como sempre, muitas mais horas, iria receber um pouco mais (naquela vez). A direcção do C.A estava em dívida para comigo em cerca de 400€ em horas... Que a partir do momento em que me infernizaram a vida, fiz com que mas pagassem na sua totalidade. Voltando aos envelopes... Após verificar que aquele dinheiro não era o meu, vi que o envelope tinha um nome "Ana", a irmã da Gestora que num mês, se esteve lá 6 dias e mais de 3 horas, em cada dia desses, é um milagre. Registe-se, recebeu 400€ sem fazer nada. Assim vale a pena.

Os outros, os que trabalham, que são íntegros e honestos, são mal tratados, gozados e colocados de parte como se sofressem de uma doença altamente contagiosa. Estejam descansados, se a integridade e honestidade fossem doenças, poucos a apanhavam.

Da direcção do C.A. recebi cartas registadas com ameaças de cortes no salário e perda de dias de férias, avisos de mudanças de horário com início na data de recepção da mesma (carta), etc... Cartas ridículas, onde se distorciam todas as minhas palavras. Se eu dissesse "cão", eles diziam "leite". Por lei, devido à precariedade do meu trabalho e riscos inerentes, eu (e qualquer outro trabalhador do Canil) deveria ter "regalias", tanto a nível monetário, como de horários e férias. Quanto a isso, eles nada diziam. Veja-se o ridículo: eles é que fizeram o "regulamento interno", deram-mo para eu ler e cumprir, mas não quiseram que eu o cumprisse... Como estava a efectivo, quiseram-me "chupar" até ao tutano.

Quando os alertei que, caso continuassem com intransigências iria fazer queixa na Inspecção Geral do Trabalho, eles, feitos espertos, alteraram o regulamento interno. Foram espertos mas não muito... Só alteraram a parte dos horários e outras que lhes conveio (umas poucas), para o caso de serem confrontados com o tal regulamento e poderem negar tudo... Porém, os erros ortográficos e outros de impressão ficaram lá, ou seja, fizeram simplesmente "copy-paste" do regulamento, alterando apenas as tais partes que falei, tendo-o depois colocado no local onde estava o antigo sem dizerem nada... Assim, sempre podiam dizer que eu era maluco. Obviamente, eu tinha a cópia que me deram, e acho que se excluía a hipótese de ter sido eu a alterar o regulamento. Para isso, teria que fazer uma cópia "a dedo" dele... Ainda eram umas boas dezenas de páginas.

Podia-os ter levado a tribunal, e só não o fiz porque sabia que haveriam imensas probabilidades do Canil fechar. Advogados a quem recorri garantiam-me que tinha tudo para vencer qualquer acção judicial... Arrastei-me lá durante 2 anos apenas por causa dos animais, e o que é que ganhei com tudo isso? Nada. Nem respeito. Para sair de lá confrontei-os pela 87768586586587679786ª vez com os factos, e com a certeza de que aquele seria o último aviso... Eu sabia da indemnização que tinha a haver, abdiquei de 50% dela porque sabia que o dinheiro não saía dos bolsos da direcção. Aliás, disse-lhes isso na cara: se saísse dos seus bolsos, queria-o até ao último tostão. Mesmo assim, quiseram-me pagar somente o equivalente a um ordenado; não aceitei... Então, lá aceitaram a minha proposta, que era do equivalente a 2 ordenados... 2 ordenados de "quase" 400€ cada, em 2 anos de puro esforço físico e mental... Muita gente me disse que fiz mal. O que me interessou é que finquei o pé, quando todos me quiseram derrubar; fui um osso duro de roer, sem medos, com a certeza de que tinha a razão e a justiça do meu lado.

Fiz o melhor que pude, e é curioso, eles (direcção) nunca me terem dito que eu trabalhava mal. Até soube depois, por terceiros, que eles falavam muito bem de mim a toda a gente... Curioso, talvez. Não fosse eu saber que esta sociedade vive de aparências e até achava muito estranha essa situação. É claro que eles ali fazem o seu "teatro", aproveitam-se da sua situação social/profissional para "cair" bem no seio da maioria das pessoas. A direcção da Associação Cantinho dos Animais é composta por menos pessoas do que a lei permite, mas ninguém quer saber. O que eu quero dizer com isto é que ali faltam posições "chave",  sem as quais a direcção não poderia comandar... Mas eles comandam, devido à cidade ser pequena e as pessoas serem falsas; mesmo vendo o que está à vista de todos, todos viram a cara para o outro lado. A direcção aproveita-se das suas "connections" para manter a cara lavada. Uns são professores, outros trabalham nos bancos, outros ainda, na segurança social.

Este tipo de pessoas, que andam sempre bem vestidas e sempre bem falantes, nunca se sujam, pelo menos à frente de todos. Sabem quantas vezes um membro da direcção foi ao Canil, durante 2 anos? Eu digo-vos, 2 vezes, para entregarem umas roupas doadas pela Casa Pia de Évora... Até houve um grilo que só lá fui uma vez para me tentar intimidar... Como não tinham lá homens, mandaram-me aquela amostra. 2 visitas (de 30 minutos) em 2 anos é muito, não acham? Uma direcção de uma instituição de utilidade pública que não é remunerada, diziam eles (porque o faziam por amor aos animais...), deixa muito a desejar.

Limpar merda, andar de enxada na mão, ou fazer festas aos animais, não era para eles. O que era para eles era aparecer à frente dos flashes das câmaras fotográficas para aparecerem nos jornais, nas festas e na feira, e as patetas pessoas ficam com a ideia que eles são mesmo excelentes pessoas e que gostam muito dos animais. Não são, não gostam. Além de aparecerem nas fotos uma vez por ano e nas feiras, tudo o que eles faziam (e se calhar fazem), além de nada, era mexer no vil metal, o pilim, o "carcanhol". Eram bons pedintes, mas muito mal agradecidos. Tantas pessoas que vi doarem dinheiro à Associação e nem um "obrigado". Houve pessoas, inclusive, que "investiram" lá dinheiro para dar outras condições (melhores condições) aos animais e eles tratavam-nos com desprezo e até, em alguns casos, com arrogância.

 Quanto as voluntários, 99% eram raparigas. Muitas delas tornaram-se minhas amigas e só lá iam para me ajudar e estar ao pé dos animais que elas gostavam... A maioria dizia-me sempre que se não fosse lá estar eu, nunca mais lá metiam os pés. Uma das voluntárias é agora a minha actual namorada (há quase 3 aninhos), posso-vos assegurar que muitas das voluntárias (sendo voluntárias, não eram pagas) trabalhavam lá mais do que a gestora (e depois a sua irmã , versão mais magra mas com o mesmo conteúdo e carácter). A minha namorada, por ser minha namorada, sempre que podia queria-me ir ajudar. É capaz de ter trabalhado uns 3 meses no total de dias e horas feitas. Acham que teve algum agradecimento por parte de alguém da direcção ou até mesmo da gestora? Não, nada. Não recebia ordenado como as outras mas cumpria os horários como se de uma empregada se tratasse. Apanhou lá frio, chuva e calor intenso, fartou-se de trabalhar. Agradecimentos, zero.

Finalizo para falar dos animais, os de 4 patas, que ao fim e ao cabo são, ou eram, mais importantes do que tudo o resto. A gestora gostava muito de mandar, mas trabalhar "tá quieto, chico". Mandar era uma alegria!Uma das suas directrizes, com a qual sempre me "brindou", era a de dar pouca comida aos animais. Tinha que se poupar, dizia ela... Obviamente que essas ordens não eram cumpridas. Quando para lá entrei, os animais estavam magríssimos; com a minha continuidade, tornaram-se bem gordinhos (não exageradamente). E sempre expliquei as razões pelas quais não fazia o que ela me mandava. Reparem que em muitos canis existiam 5 cães; se eu colocasse pouca comida, havia sempre um que comia a dele depressa e ia comer a dos outros... Se eles tivessem as gamelas cheias, nada disso se passava. Claro que, estando os animais satisfeitos em relação à comida, havia também menos probabilidades de se gerarem brigas. Mas é igualmente óbvio que isto apenas se sabe estando lá, no terreno; são coisas que se aprendem com a prática e a rotina... Coisas que ela não sabia, nem sabe.

Vi animais doentes morrerem à minha frente, e à frente de todas as pessoas que lá iam vê-los. Quando eu diagnosticava alguma doença em algum, algo que com a prática se sabe fazer, avisava a gestora, gastando dinheiro do meu telemóvel, e ela inventava desculpas para não os levar ao veterinário. Nunca mais me esqueço do dia em que diagnostiquei sintomas de "parvovirose" em 2 cachorrinhos que tínhamos lá recém-chegados. Os sintomas eram bem visíveis-diarreia em sangue.. Avisei a gestora e, porque era dia da mãe e Domingo, disse que não podia lá ir, até porque também se pagava mais, nas urgências... "Amanhã de manhã passo aí e levo-os à clínica". Avisei-a de que poderia ser tarde de mais, mas não quis saber. No outro dia, foi lá buscá-los ao final da tarde; já estavam ensacados porque tinham morrido... A direcção teve conhecimento, mas nem pestanejaram, sempre frios e distantes; é a imagem de marca. Foram "N" situações, mas destas foram muito poucas, felizmente. Enquanto lá estive, a taxa de mortalidade dos animais do canil diminuiu quase em 100%, salvo mesmo raríssimas excepções (morte por velhice, ou briga).

Uma das batalhas que travei no Canil foi sobre o dinheiro. Se não têm dinheiro para assistir o animal que esteja doente, o que é que ele lá está a fazer? Sempre fui defensor da ideia do "não se tem dinheiro para ajudar todos, então ajuda-se só os que se podem"... Não é ajudar os favoritos e os outros não. Eu não posso ter um bom carro porque não tenho possibilidades financeiras de o ter, tão simples quanto isto. Só tinham que fazer o mesmo.

Acho que o maior elogio que me fizeram, foi terem-me achado estúpido... Exemplo disso foi quando a advogada da Associação me perguntou quem era o advogado que me escrevia as cartas porque, como tinha muitos conhecimentos jurídicos e eram bem elaboradas, não podia ser eu a escrevê-las... Mesmo dizendo que na altura nenhum advogado me tinha escrito o que quer que fosse (como nunca escreveram, nem sequer me ditaram), não ficaram convencidos... Nem repararam que as piadas que lá iam e as ironias são a minha marca em qualquer lado e em qualquer circunstância. Realmente, um tipo que trata de animais e anda no meio da merda, não pode saber escrever de forma "elaborada"... Preconceitos normais de pessoas anormais que se acham superiores, ou porque são professores, ou o raio que as parta.

 Já sabem qual é a diferença entre as pessoas para quem cuspo o meu melhor escarro, e as pessoas que respeito?


Podia escrever aqui muito, muito mais, mas também não quero. Queria só que tivessem conhecimento do que se passa em alguns sítios, em algumas instituições, que estão acima de qualquer suspeita... As Instituições até podem estar, as pessoas não...


Aprendi muito sobre os animais, mas mais aprendi sobre as pessoas, infelizmente. De facto, os animais resistem a muita coisa, mas mesmo não tendo a nossa inteligência, parecem dar valor ao amor que recebem, e o qual eles sentem e retribuem. Sobre as pessoas já não tenho fé... Até das boas vontades já desconfio.

Lembrei-me de um outro episódio, estive no Banco de Urgência com problemas de estômago, estava um pouco desidratado e fraco, faltei dois dias ao serviço . No terceiro dia, fui trabalhar e levei a justificação para entregar à gestora quando ela lá estivesse, assim fiz e entreguei-a. Ela disse que não era preciso e que não havia problema, não a quis aceitar... Uma semana depois, recebi uma carta a dizer que me iria ser aberto um processo disciplinar por ter faltado dois dias seguidos sem justificação. Contactei a direcção e contei-lhe o sucedido, mesmo assim mantiveram a decisão. Mais tarde, descontaram-me esses dois dias em que estive doente e com justificação, no ordenado. E esta hein?!

Seja comigo, seja com quem for, estes casos são revoltantes.


Se por acaso me recordar de mais casos, irei fazer a actualização do post.

 Esta é a "Muna". A Misha e a Muna eram as minhas amigas e companheiras ao longo do dia, para além dos outros,  claro, só que estas eram especiais... Andavam à solta e sempre (quase sempre) ao pé de mim. A Muna morreu atropelada na estrada que passa pelo canil, foi um dia muito triste. Elas costumavam "sair" do canil e dar uma voltinha, às vezes até traziam coelhos (lol)... Eu tinha pena dos coelhinhos mas já estavam mortos, não havia nada a fazer.


 Aqui temos um exemplo de como os canis estavam de manhã. Agora imaginem não haver água porque o gerador da 1ª Guerra mundial estava avariado, mas isto durante 3 ou 4 dias... É só triplicar a sujidade que vêem e têm uma ideia. Claro que quando as "avarias" aconteciam e a merda acumulava nunca estava ninguém disponível para limpar... Adivinhem a quem calhava essa tarefa... Pois, eu. Muitas vezes poderia deixar a sujidade acumulada por mais um dia, mas além de dar mau aspecto, os animais mereciam melhor e não tinham culpa dos parvos dos Humanos serem bestas e preguiçosos.


 A realidade por vezes é bem dura... Certa vez a Gestora ordenou, a mando da Direcção ,que eu colocasse uns cachorrinhos, recém nascidos, dentro de um saco com éter para os matar. Recusei-me a fazê-lo terminantemente, e foi o meu colega que executou a tarefa.  Nunca aprovei estes actos. A minha tarefa era a de tratar os animais e não a de matá-los. Quem é que tem coragem para matar estas fofuras?


Esta foi a minha imagem de marca nos 2 anos em que trabalhei na Associação Cantinho dos Animais, tudo limpo e asseado, sempre.


A parte de frente dos Canis. 


Alguns bichinhos com quem eu tinha que lidar... Assustador mas ao mesmo tempo, interessante. Esta aranha era enorme.


Não é uma doçurinha?



E o irmão que parece o "Mascarilha".


Aqui está a "Velhinha", era tão fofa. Esta cadelinha não tinha qualquer dente, com insistência minha, foi colocada à solta. Mais uma fofa.


E que tal agora uns gatinhos? Não são fofuxos?


Este não estava nada a gostar da brincadeira. Os gatos são uns "Misters".


A classe, o estilo, a pose...

(Continua)

Instituições de utilidade Pública em Portugal... O espelho de um País. (Parte I)

Parte I 
   Eu no meu local de trabalho em pleno verão. Pareço um "caniche".  
Trabalhei 2 anos numa instituição de utilidade pública, O Cantinho dos Animais de Évora. Nesse tempo, encontrei lá todo o tipo de pessoas. Algumas, se eu tivesse chapéu, tirava-lho... Outras, metaforicamente falando, passava-lhes por cima de pópó, e depois de mortos ainda lhes mijava na campa.

 Primeiro que tudo quero dizer que a Associação do Cantinho dos Animais de Évora serve para recolher e ajudar os animais (sobretudo, cães e gatos), tentando-lhes dar uma nova casa com donos que os tratem bem. Se não o conseguirem fazer de imediato e, caso seja possível, os animais ficam a cargo da Associação, ou seja, ficam no canil da associação (que tem poucas condições).

Tenho tanto para dizer que nem sei por onde começar, talvez pelo inicio. Por ter uma escolaridade mínima (9º), da qual nem me orgulho nem me "desorgulho" (sei que não é ela que faz de mim mais ou menos inteligente, ou mais ou menos boa pessoa, mas...). Os empregos aos quais me posso candidatar são poucos, e aqueles a que posso são mal pagos e supra-exigentes. Sim, é Portugal no seu melhor. Dão-nos um canivete dos anos 70 e com eles temos que fazer de mecânicos, canalizadores, electricistas, médicos, polícias, etc.

Como tenho uma paixão enorme por animais (todos), juntei o útil ao agradável: candidatei-me... Não fui escolhido, escolheram uma rapariga (eu fiquei em segundo). A rapariga esteve lá cerca de duas semanas e, pelo que dizem os meus ex-colegas, não aguentou o trabalho por causa das condições e arranjou outro emprego. Então lá fui eu, a 2ª escolha.

Enquanto que no dia da entrevista me tinham dito quanto iria auferir, e em traços gerais, me disseram como seriam os horários e qual seria o tipo de tarefas que teria de cumprir... na realidade, nada do que me foi dito coincidiu. Foi-me dito que iria auferir cerca de 450€, e cumprir 6 horas a 6 horas e meia de trabalho mas, nada disto se passou. No primeiro mês, ainda trabalhei entre as 6 e as 6 horas e meia. Nos restantes, "vai-te embora, ó melga", "néri bi". Ordenado? Assim receberam vocês 450€, assim os recebi eu. Fiquei quase a auferir 400€. Ui que bom, já é um futuro. Agora vem a parte do que é que eu tinha que fazer. Ora bem, tinha que: Lavar 30 canis (que albergavam cento e tal cães) com uma mangueira quase sem pressão nenhuma. Para se ter água tinha de se andar cerca de uns 150 metros até chegarmos ao sítio do "gerador" a gasóleo, daqueles geradores da 1ª Guerra Mundial. Esse gerador só era ligado uma vez por dia, ou seja, com ele ligado, lavavam-se os canis, mudavam-se os baldes de água dos canis, os baldes dos cães que estavam presos à corrente cá fora e lavavam-se roupas, gamelas e baldes. Tinha também que tratar dos gatos, mudar areia, dar comida e água. Para se lavarem os canis como deve ser, bem lavados mesmo, demoravam-se umas 4 horas.

Resumindo, as minhas tarefas eram as seguintes: Lavar os canis, dar comida aos animais (cães e gatos), lavar baldes, gamelas, mudar águas, dar banho aos cães, medicação (2 ou 3 vezes por dia, e que não é tarefa fácil...), tratar de feridas, desentupir a fossa (para onde iam os dejectos), apanhar ervas que cresciam ao pé dos canis, apanhar cocós com uma enxada e uma pá (para dentro de uma saca de ração vazia), despejar lixo, entulho, atender todas as pessoas que lá se dirigiam diariamente e acompanhá-las durante a sua "visita", aceitar donativos, tratar dos papéis para as pessoas adoptarem um animal (quando queriam um, ou mais animais) e fazer alguns trabalhos manuais, leia-se, "desenrascanços".  Fui também gestor, tesoureiro, e tive mais funções que agora não me lembro.

Parece uma lista de compras de final de mês, mas era isto que eu fazia. Claro que tudo isto não era para ser feito só por mim, só que... Repito, não era para ser feito só por mim... As tarefas de lavar os canis e tratar dos animais (dar comida e essas coisas) eram para ser divididas entre 3 pessoas, eu que estava lá todo o dia, um colega que só ia de manhã, e o Gestor (Gestora, neste caso) que seria aquele que mais tempo lá passava, e compreende-se, pois ajudava também nas tarefas da limpeza e alimentação, mais as funções de receber pessoas, atender telefonemas e a resolução dos muitos problemas que surgiam sempre quase todos os dias. Mas não, isso só aconteceu no 1º mês e meio. No restante tempo que lá estive fiz tudo aquilo acima descrito que era para ser feito por 3 pessoas, mas só eu (tirando o facto de que o meu colega, que só ia de manhã, me ajudava a lavar os canis e dar comida aos cães que estavam presos à trela, uns 9 ou 10).

Passado esse tal "mês e meio", passei de 6 horas de trabalho diário para 8 horas. O caro leitor vai logicamente pensar "Sim, são as horas normais de um horário de trabalho, e se ele recebia quase 400€, deve ter passado a receber mais.  É lógico." E eu respondo ao caro leitor... ERRADO, ERRADÍSSIMO! Aqui o amigo ficou a receber exactamente o mesmo, mas as suas funções aumentaram para o máximo. E como é natural, 8 horas num espaço sem água, luz, telefone... Correm-se "milhentos" riscos, desde doenças, mordidelas, ratazanas, etc. Por lei, este tipo de trabalho requer um horário não superior a 6 horas, vacinações especiais, remuneração condizente com os riscos inerentes ao próprio trabalho e dias de descanso e férias superiores ao normal. Isto por lei.

Quando a nova Gestora, Dordio, amiga íntima da direcção do Cantinho dos Animais (C.A.), e que também fazia parte dos corpos directivos (não oficialmente), foi nomeada (ou se auto-nomeou) para o cargo de "Gestor", mudou tudo. Algumas mudanças foram para pior, outras foram para bastante pior.

Este post já vai longo, portanto, vou tentar cortá-lo, mas é difícil, pois ficará muito ainda por dizer.

Com a tomada de posse da nova Gestora, comecei a ser eu o responsável de tudo, porque como a presumível senhora (acho que é senhora) era professora, nunca estava no local de trabalho.... E agora abro aqui um parênteses... Uma vez pedi para que ela me alterasse  o horário para eu poder sair do canil sem ser à noite, de modo a poder fazer um part-time. É que receber quase 400€ não era nada, ainda por cima tendo em conta que eu gastava 100€ de gasolina por mês (o meu local de trabalho ficava muito longe da minha casa)  e, então, após o meu pedido ela disse-me "Ó Miguel, tens que escolher qual é o teu trabalho! Ou este ou o outro! Não se pode ter dois trabalhos...". Pois... Irónico não é?!  Vindo de uma pessoa que era a mais alta responsável pelo canil , cujo cargo que desempenhava a "obrigava" a permanecer no local de trabalho e, numa semana, "trabalhava" lá  2 a 3 horas por semana... No mínimo, é irónico.

Agora vejam as condições nas quais eu trabalhava: não tínhamos água potável (tínhamos que levar de casa); não havia electricidade (de noite tinha que lá andar com a luz do telemóvel); como o canil era no campo e a céu aberto, quando chovia andávamos encharcados, e quando era verão, meus amigos... Não havia sombras, milhares de bichos, mosquitos, moscas, abelhas, carraças, cobras, ratazanas, etc... Agora imaginem estar ao sol com 40 graus (às vezes um pouco mais) durante 8 horas... Mesmo que tentem, não conseguem imaginar.

Por causa de todas estas condicionantes é que era suposto fazermos um horário de cerca de 6 horas diárias de trabalho. Se nessas 6 horas já nos colocávamos em risco, imaginem-se 8 horas. E, para reforçar tudo isto, a própria Associação tinha um regulamento , a que eles chamavam "Regulamento Interno", o qual fizeram questão de me dar no meu 1º mês de trabalho, que dizia o mesmo... Por semana, tinha uma folga... Não era o trabalho de sonho de qualquer um?

Sinceramente, eu até gostava do que fazia. Sabia que , enquanto lá estivesse, os animais iriam ser bem tratados e as coisas estariam bonitas e asseadas, dentro do possível (atendendo às condições do terreno). Estive um ano sem contrato e sem ver um recibo de vencimento, logo, sem descontar. Desde o 2º mês de trabalho que andava a "chatear" o Gestor com esse tema (era o Gestor que estabelecia a "ponte" entre nós funcionários e a Direcção) e a resposta da direcção era sempre de assobiar para o lado dizendo que "o contrato estava a ser elaborado..." Até que resolvi agir junto da Direcção.  Aí a música soou a diferente "O contrato já está com o contabilista, e é só ele entregar-nos que nós avisamos.". Passados uns meses lá veio o contrato, curiosamente datado como início de funções para esse mês (o mês em que eles mo entregaram), ou seja, tinha trabalhado um ano para os cães, literalmente. Não aceitei assinar o contrato e aí, os problemas aumentaram. Fui informar-me à Inspecção Geral do Trabalho e lá disseram-me que, a partir do momento em que possuia provas de como lá estava a trabalhar há mais de 3 meses (bem mais...), estava automaticamente como trabalhador "efectivo". Fui dar as boas novas à direcção, mas eles detestaram a ideia... É que as entidades patronais preferem ter os funcionários de "quatro", a lamberem-lhes os pés e com medo de perderem o seu posto de trabalho.

Resumindo esta parte, a direcção não gostou que eu tivesse ido informar-me dos meus direitos e começou a dificultar-me muito mais as coisas... O que é que será mais difícil do que acordar 6 dias por semana e ir limpar merda de cão e gato, ao pé de uma fossa a céu aberto debaixo dos vossos narizes e com o mau cheiro a merda das Vacas que estavam em quintas ao pé do vosso local de trabalho?

Não sabem? Eles souberam. A partir do dia em que ficaram a saber que eu estava como efectivo, começaram a descontar para a Segurança Social (pagaram também o ano que tinham em falta) mas... a descontar do meu dinheiro. Ainda fiquei mais longe do que os "quase 400€".

Curioso, ou talvez não, é que eles nunca relevaram o facto de as pessoas falarem bem de mim (os visitantes do canil e os voluntários) e de apreciarem o meu trabalho, fazendo mesmo comparações daquele canil antes de mim, com o depois... Senti-me sempre valorizado por essas pessoas que lá iam, por diversas razões, e me elogiavam. Apesar dos elogios não serem dinheiro, eu valorizo-os bastante, quando são verdadeiros e sentidos. Ainda houve uma senhora que me disse "O Miguel Ângelo, é o melhor trabalhador que cá esteve. Nunca mais vai haver outro assim.".Espero, sinceramente, que a senhora esteja redondamente enganada...

Fiz uns exames às fezes que a Universidade de Évora se dispôs a realizar e o resultado nunca me foi revelado. Só passado um ano de já lá não trabalhar é que soube, por outra pessoa, que me tinham detectado, na altura, um parasita nos intestinos, algo que ver com ratos... Sempre disse que andava aí muita gente com a "doença dos ratos", nunca pensei é que fosse eu um deles (eh eh eh). Não era Leptospirose, calma.... "Às àrveres somo nozes..." foi um pequeno aparte ;)

Passado um ano e tal, lá me deram os recibos de vencimento, todos alterados; nem um único correspondia à realidade.

Voltando à Gestora... Andava eu todos os dias a trabalhar que nem um maluco em prol dos animais (não esqueçamos), enquanto a minha colega "Gestora" não colocava o cú de alface (ela é gorda e vegetariana) no seu, nosso, local de trabalho, eu ia acumulando tarefas e mais tarefas, sem descanso... Quando que, para espanto meu, um dia olho para a nossa "folha de Assiduidade"  e constato que a "menina" ,durante as 2 ou 3 horas em que lá ia, por semana, enchia a folha de assiduidade da semana toda, como se lá estivesse estado a trabalhar as 8 horas... E atenção, ela chegava a fazer 12 horas de trabalho... Claro que era o que ela lá colocava, a realidade já a contei: por semana, trabalhava cerca de 2 a 3 horas.

E agora metam-se no meu lugar. O vosso colega, durante a semana, só trabalha 2 ou 3 horas e vocês vêm a descobrir que passa por estar lá todos os dias, e muito mais do que 8 horas. Achavam revoltante? Eu não sou queixinhas, mas após um ano e tal nesta palhaçada, e de às vezes tentar avisá-la de que o que fazia não era correcto, fui fazer queixa à direcção.... que, pasmem-se, nem quiseram saber... Deram a volta ao texto e acusaram-me de faltar à verdade.

Um dia, e porque já estava cheio daquela "Charanga" (Cherenga, fofa), dei-lhe uma tamanha "descasca" (sermão) em que ela tentou fazer golpes baixos à chefe, do género "... E tu trabalhas mal porque as árvores têm folhas e a água é molhada", estão a ver a coisa... O que ela me foi dizer. Logo eu que ali deixei, sangue, suor e lágrimas, literalmente... E acreditem que chorei mesmo... Criamos laços com alguns animais e depois vemo-los partir... Não é fácil... Às vezes chora-se de alegria porque eles se vão embora com uns donos que parecem ser boas pessoas e, outras vezes, chora-se por tristeza porque morrem, e nós pensamos que podiam ter tido uma vida bem melhor do que a que tiveram até ali...

Ofendi-me com o facto de ela me dizer (se bem que sem conhecimento de causa, pois nunca lá estava) que eu trabalhava mal e disse-lhe, "Se fosses o Marco (que era o anterior Gestor, e homem) levavas já um murro que ficavas estendida aí no chão." Claro que depois deste episódio foi contar a sua versão à direcção, e eles, que como amigos que eram (e são) e bons juízes, nem ouviram a minha parte, acharam mesmo que eu a tinha tentado agredir. Foi a história que ela contou. Típica mulher de intrigas, falsa e mesquinha.

A direcção do C.A. ameaçou-me, por carta registada, com um processo disciplinar... Foi a última gota de água; o Miguel Ângelo fartou-se e passou ao ataque (estou a falar na 3ª pessoa?... Enfim...). Fiz a vida negra à vegetariana que, das poucas vezes que lá ia, deixou mesmo de ir, mas... Meteram lá a sua irmã, a fazer exactamente o mesmo, ou seja, a receber um ordenado maior do que o meu sem fazer nenhum. Verdade lhe seja feita, esta ainda ia lá uns 3 ou 4 dias por semana, uma hora ou duas. Mas, nas folhas de assiduidade, fazia mais do que 8 horas de trabalho...

Mas reparem, numa instituição de utilidade pública, tudo o que se passe nela tem que ser do conhecimento público... Claro que na Associação Cantinhos dos Animais de Évora isso não se passou... Mas passavam-se muitas coisas, no mínimo duvidosas.









É assim que a água que eles bebem fica no inverno. Agora imaginem o frio que eles e quem lá trabalha, passa.












 Contentor. Parte Exterior. O painel solar nunca funcionou, como é óbvio.










Este é o Contentor onde se guardam as rações, comprimidos e detergentes (quando os havia). No verão, se a temperatura no exterior for de 39 graus (por exemplo), lá dentro estará muito mais calor...












Parte exterior do "Escritório" (ah ahah ah ahh ah).









Esta é a parte interior do "escritório", normalmente continha, gatos e cachorrinhos (dentro daquelas gaiolas e fora delas). Portanto vejam bem, tinha que lavar 30 canis (120 tal cães), dar-lhes de comer, tratar do gatil (7/8 gatos), dar-lhes de comer, limpar o terreno na parte exterior onde estavam os cães presos à trela (entre 10/15), dar-lhes de comer... Lavar roupa, gamelas, dar medicações, desentupir a fossa, etc... E ainda tinha de tratar dos cachorros e gatos do escritório... "By myself", sozinhito da Silva porque quem deveria estar a ajudar-me e era pago para isso (e bem melhor do que eu), não ia trabalhar (mas dizia a toda a gente que sim).





Esta barraquinha, ou algo parecido, era onde guardávamos as mantas e cobertores, e onde supostamente, serviria para nos despirmos e vestirmos (ahah ah ah ahahah). Só lá entrava à pressa para tirar cobertores, até me admiro de aquilo em 2 anos nunca ter caído.











 Barraquinha em excelente estado.
















Uma vista por dentro. O tecto (Quá quá quá quá).















 As telhas agarradas por arames (literalmente).










Não percam a segunda parte, porque eu também não... (Continua)

Luso Chachada e Descendência Total

Outra Chachada Total. As Lusos Descendências.

Hoje no telejornal, deram a notícia de uma rapariga que é "Luso descendente" porque a avó é Portuguesa. Uauuu! Realmente a rapariga tem um nome que é tipicamente Português "Katie Stevens". Depois, parece que a avó sofre de Alzheimer, e num vídeo, Katie Stevens (a Portuguesa) canta para a sua avó, mesmo ao ouvido.... A velhota nem olha para ela, talvez porque nem se lembre quem a rapariga é, ou então porque queria ver a novela antes que se esquecesse que iria dar... São opções e todas elas válidas.

Para nós, entenda-se, Portugueses de Chácha, qualquer pessoa que tenha algo Português na sua vida, é luso descendente ou então alvo de notícia, mas só é notícia se for para nos enaltecer. Vejamos dois exemplos, um tipo que corra nos jogos Olímpicos com uns ténis que, no seu transporte, tenham passado por Portugal de avião, é Luso Descendente, já uma mulher que diz ter nascido em Portugal e que participa em filmes Porno, já não interessa informar... Os Portugueses nem sabem o que é pornografia... Nem em Portugal temos prostitutas, nem mulheres que vendam o corpo aos homens, não, nós não temos nada disso, somos "muita bons"... Tirando que somos o pior País para se viver na UE e dos piores em corrupção. Mas isto são pormenores.

Volto à Portuguesa que faz filmes pornográficos nos "United States of America", para dizer que também não tem um nome nada Português, chama-se "Anabela Mota Janke", o "Anabela Mota" estraga tudo e faz com que o nome soe a Alemão, portanto, nada Português, "Janke", sim é Português. já Katie Stevens é um nome totalmente "made in Portugal"... Diferenças, uma aparece na TV gratuitamente a cantar ao ouvido de uma senhora que sofre de Alzheimer, a outra, canta uma música diferente, despida, e aos ouvidos de muitos homens e quem quiser ver tem de pagar...

A minha avó era Brasileira, logo sou, Luso-Brasileiro. Também não percebo porque é que ainda não fui chamado para dar entrevistas, entre muitas coisas, o que sei fazer melhor é, nada. Nos dias que correm é um achado.


Aqui temos Katie Stevens. Reparem que pela sua postura dá para ver que é Portuguesa (ou descendente de Portugueses).

Notem a mão colocada ao nível das ancas, que demonstram ser ancas de "Portuguesa Parideira", a perna direita faz um ângulo de 20 graus em relação à esquerda... A maquilhagem excessiva, típica da mulher Portuguesa... Até o número de concorrente é tipicamente Português.

O Toque final é mesmo o vestido por cima das calças, é mesmo à Portuguesa!








Aqui está a que não parece ser Portuguesa. Usa óculos pimba, cabelo pintado à pimba, tem mamas à pimba, usa um cinto à pimba, está em cima de uma mesa pimba num local pimba, e faz filmes de "pimba pimba"... Resultado? Não é Portuguesa!

Death Wish


 Vou aconselhar o meu primeiro filme (que são 5 da mesma série). O nome dele é "Death Wish". Este filme foi um grande sucesso nos anos 70/80. Quem gosta de ver filmes e, especialmente, clássicos, este é um deles.,

O filme é de 1974 e tem como principal figura um dos meus actores favoritos, Charles Bronson. A história do Death Wish é baseada em factos verídicos: o crime violento e galopante das grandes cidades (no caso, Nova Iorque). É um retrato também da violência que existe um pouco por todo o lado, nos dias de hoje. É a história de um homem, ex-objector de consciência e exímio atirador, que prestou serviço na Guerra da Coreia. Paul Kersey é honesto, trabalhador (Engenheiro Civil), casado e tem uma filha. Ele vê a sua vida mudar e, num piscar de olhos, perde tudo... Vendo a violência subir a um ritmo vertiginoso, Paul Kersey opta por fazer justiça  pelas suas próprias mãos, tornando-se assim o "Vigilante".

Alerto para a violência que o filme contém. Vemos violência a toda a hora, todos os dias nas nossas Tv´s mas, neste caso, ela é bem retratada.

São 5 filmes da mesma saga. Gosto de todos, mas a minha preferência vai para o 3º.

O Death Wish II foi realizado em 1982 (8 anos depois do primeiro). Este para mim é dos mais violentos, tem duas cenas brutais de violação. Normalmente, não vejo filmes com esse conteúdo porque me revoltam imenso mas, neste filme, quis vê-los pagar pelo que fizeram (se é que há paga para um crime desses). A Paul Kersey, um homem com um grande coração e com um grande sentimento de revolta, nada o prende já a este Mundo. Cuidado vilões. "Acreditas em Deus? - Sim... Então vais precisar dele".

Death Wish III é de 1985 e, mais uma vez, o azarado "Paul Kersey", que já nada tem de importante na sua vida, vê-se na obrigação de fazer justiça pelas próprias mãos, eliminando os mal feitores, sem dó nem piedade. Ele é o "vigilante", o protector dos fracos, dos que levam uma vida honesta e trabalhadora e que são vítimas de todo o tipo de crimes. É vê-lo a comer gelados descontraidamente e a despachar mauzões, com um sorriso nos lábios e sem uma "pinga" de sentimento.

Death Wish IV e Death Wish V são de 1987 e 1994 respectivamente. Paul Kersey continua a sua saga contra os bandidos, ele come-os ao pequeno almoço e cága-os em qualquer lado. Poderá dizer-se que estes filmes são mais do mesmo, mas certamente vale a pena serem vistos.

Quem adora cinema e ainda não viu estes filmes pode, e deve, molhar as mãos e colocar os dedos (molhados) na tomada (eléctrica) mais próxima de si.

"Death Wish" é uma quintologia que os amantes do cinema não podem deixar de ver sob pena de virem a sofrer de uma doença chamada de "Filmose", que é uma insuficiência de filmes no nosso organismo.Volto a repetir. NÃO PODEM DEIXAR DE VER!