Carnaval e Natal - As festas da bipolaridade e da esquizofrenia



    O Carnaval e o Natal são épocas em que as pessoas demonstram toda a sua esquizofrenia e bipolaridade.

    O Carnaval faz-me lembrar o Natal. No Natal, as pessoas lembram-se de gostar uns dos outros, procuram ajudar quem mais necessita, oferecem prendas uns aos outros... Mas esta situação, infelizmente, só dura cerca de 15 dias. Após esse período, voltam a ser "corações frios", cheios de ódio, raiva, inveja, mesquinhez e ciúmes, ou seja, voltam a ser aquilo que são na realidade. No fundo, o Natal serve, excepcionalmente, para serem aquele tipo de pessoas que normalmente não são - e, em abono da verdade, não querem ser...

    Ora, o Carnaval é a mesma treta, só que com um cheiro ligeiramente diferente. Ou seja, a esmagadora maioria das pessoas passa o ano a não ter graça nenhuma, nem a quererem ser engraçadas. Já no Carnaval, é vê-los vestidos de mulher e elas de homem, cheios de tanta alegria e vitalidade que, para ser honesto, me assustam. Assustam-me tanto como se gostássemos de um parceiro/a e, quando fossemos interagir intimamente pela primeira (e última) vez, descobríssemos que afinal ele é uma "ela"ou ela tem um apêndice de 15cm na zona pélvica...

    Realmente, deixei de gostar de surpresas quando, aos meus 18 anos, em vez de me oferecerem uns bonecos como eu queria, ofereceram-me uma blusa, calças e meias... Decepcionante.

   Quando vejo, no Carnaval, as pessoas que passam a maior parte do ano sem sorrir, a pular e a divertir-se, tenho medo que estejam a ser vítimas de um exorcismo. Depois, no outro dia, é vê-los na rua como se nada se tivesse passado, frios e sem graça... Medo... Tenho muito medo...

   É verdade, não é que não goste do Carnaval, não gosto é dos cabeçudos.
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