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Uma NÃO novidade (Amy Winehouse Morreu)

 
    A Amy Casa do Vinho (Winehouse)  morreu... Qual foi a novidade? Terá sido pelo facto de ter sido encontrada com pó branco na cara? Os mais astutos e informados dizem que era farinha o que ela tinha na cara. Alegadamente, estaria a fazer um bolinho... Imagino de quê...

  Pessoalmente, pela aparência da Amy, nunca a tive em conta como uma "boa dona de casa". Aliás, nem podia. Uma pessoa que prefere "pó" nunca poderia ser uma boa e dedicada dona de casa.

   O que mais ressalva nesta notícia não é o facto da cantora ter morrido - essa era só uma questão de "a que horas?", mas num espaço não superior a 1 mês - porque morta já ela parecia...

   O que me fica na retina é a quantidade de gente que ficou surpreendida. Realmente, é surpreendente, e tão surpreendente como ela ter morrido é um indivíduo sem braços e sem um pé, cego e com uma taxa de alcoolemia superior a 4.27 g/Litro no sangue,  pilotar um avião e ter que o fazer aterrar num porta aviões. É óbvio que se ele se despenhasse iria ser uma grande surpresa para algumas pessoas... Um ceguinho, bêbedo, sem uma perna e dois braços teria a perícia e agilidade de um "Guilherme Tell" só que em vez de acertar numa maçã que está na cabeça de um pobre coitado, com uma besta, só tem que aterrar um avião num porta aviões. É fácil, é barato e há quem acredite no Pai Natal e no menino Jesus.

   O desabafo que mais me fartei de ouvir e ler foi "Coitadinha, a droga levou-a". Oi?! A droga levou-a? Sinceramente, nunca vi um saquinho de droga a passar-me à frente a correr, mas se calhar sou só eu que sou um bocadinho distraído. Vou começar a tomar mais atenção de hoje em diante...

   Este tema da morte da Casa do Vinho chegou até a ser debatido no "fakebook". Li comentários do género: "coitadinha, ela tinha de preencher o vazio dentro dela"; "Ela tinha muitos problemas"; "Eu sei o que a droga faz às pessoas".

   Pois é, eu devo ser um predestinado.A droga a mim nunca me fez mal nem me perseguiu... Mas, pelos vistos, já fez mal a muita gente. Talvez seja curioso referir que também nunca procurei a droga.

   Até parece que já estou a ver, nós vamos a passar na rua e, de repente, somos agarrados por um saco de droga - com braços e pernas - e somos obrigados a inalá-la e, em alguns casos, a injectá-la.

   "A droga levou-a". Se uma pessoa morre porque consumiu "droga" em excesso, dizemos a droga levou-a? E se um tipo destapar um tiro na cabeçorra, dizemos a pistola levou-o? Se isto for assim, vou ali buscar uma caçadeira e limpar o cebo a uns 100 ou cento e tal filhos da puta e quando for presente a um juiz digo: "Sr. Doutor Juiz, não fui eu que os matei, foi a caçadeira." Fica o assunto resolvido.

   A minha opinião muito pessoal é esta: Quem se droga não passa de um anormal que, enquanto alguém distribuía inteligência pelo Mundo, estava escondido atrás de uma rocha a acariciar o escroto enquanto ouvia a música "O Bacalhau quer alho" do deficiente Saúl.

   Uma coisa ainda é um pobre coitado que nasce numa família problemática, que vive num bairro problemático e sofre más influências dos "amigos", outra coisa é uma pessoa que vive uma vida em que nada lhe falta, é famosa e tem milhões de pessoas que giram em seu torno... Uma pessoa com dinheiro e fama tem tudo aquilo que o dinheiro pode comprar, mas tanto o pobre coitado como a pessoa famosa sofrem do mesmo mal: são autênticos acéfalos e sem carácter.

   Eu, como todos os leitores, tenho os meus problemas, são meus, mas para os combater não me drogo, não bebo (não me embebedo) e não fumo. Estupidamente, até tenho a sensação que se o fizesse iria ficar com mais problemas ainda... Mas lá está, isto sou eu que não percebo nada disto.

   Há quem nasça pobre de espírito e consiga fazer o impensável com o passar dos anos, piorando esse estado.

   Não tenho pena nenhuma da Amy, nem das Amy, nem dos Amys que proliferam neste mundo. Estou-me completamente nas tintas e é para a sanita que cago melhor.

   Pessoas que levem uma vida saudável, que pratiquem desporto com regularidade e se alimentem saudavelmente, é que é de admirar que morram de um momento para o outro, os outros não.