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Choremos irmãos




 Lá estava eu a ler as minhas revistinhas no W.C,quando, de repente, me deparo com esta entrevista e estas declarações que me fizeram chorar copiosamente. De certo, vocês também irão chorar... É que esta família só tem azares. Vamos lá então.

Comecemos pelo título "As dificuldades de ser cigano". Logo aqui comecei a sentir-me muito triste e revoltado. Taditos dos ciganitos...

Às páginas tantas venho a ler que o Avelino (pai) diz que é muito difícil arranjar emprego. Eu nem sabia que a maioria trabalhava, pensava que iam ganhando uns trocos com os rendimentos mínimos, subsídios e tal... Mas pronto, este queria arranjar trabalho e não conseguia... Até que... Conseguiu. Deve estar tudo a pensar "coitado, deve ter sido a varrer o chão ou a apanhar flores". Nada disso... O azarado cigano arranjou emprego numa OURIVESARIA! Leram bem, OURIVESARIA (estou a chorar). Numa ourivesaria, nem que eu me pintasse às cores me aceitavam lá (e não sou eu cigano...), mas aceitaram o Avelino (que é cigano...). O Avelino não contou nada sobre ser cigano, mas diz "Só com o tempo é que o patrão descobriu que eu era cigano, e acabei por dizer-lhe a verdade.". Então se o patrão descobriu, alguma vez era preciso dizer-lhe? Isto é a mesma coisa que descobrirem  que me chamo Miguel, e eu dizer a verdade dizendo que sou o Miguel... Mas que raio de entrevistas são estas, já para não falar das respostas?

Eu não sou muito esperto, mas pessoas com nome de "Avelino" ou são ciganas ou são Presidentes da Câmara (como o Avelino Ferreira Torres), que têm atitudes semelhantes... Mas isto sou eu que penso.

Mas o melhor ainda estava para vir e deixei para os "finaismentes". "Sou cigano, mas também não o divulgo aos sete ventos. Se me perguntarem digo; se não, também não digo nada." Curiosa afirmação... A ver se entendo... E tenho mesmo que fazer uma pausa para entender.... (Pausa)   (Pausa)...

(30m depois) Já percebi e nem foi preciso ir ler o LELLO popular... Espera, LELLO? Terá sido escrito por ciganos? Bem, adiante. O amigo Avelino não quer  que ninguém saiba que é cigano, nem quer andar por aí a dizê-lo a toda a gente. Não, ele prefere dizê-lo numa revista, que tem milhares de leitores!Bravo Avelino, bravo!

Eu digo-vos é já, assim de chapada que, pior do que ser cigano, ou sentir dificuldades em sê-lo, é viver ao pé deles. Onde nasci e fui criado, senti bem na pele as frustrações desses meninos... Tínhamos que andar sempre a olhar para todos os lados a ver se a "costa" estava livre. A sorte, naquele tempo, é que nós topávamo-los pelo cheiro bem horrível.

Os ciganos também tinham algo muito interessante, gostavam de andar  sempre em grupo, no mínimo uns 4 ou 5, artilhados com paus e fisgas... Nos tempos de hoje, em vez de paus e fisgas, possuem desde, armas brancas (facas, bastões) a  metralhadoras e pistolas.  E os carros? Já viram os carrões de muitos deles? Há anos que ando para tirar um curso de cigano. O curso consiste no seguinte: dormir até ao meio-dia, almoçar, jogar à moeda enquanto se bebe umas bejecas, e à hora do jantar, desaparece-se. No outro dia somos detentores de belos carros e casas. Assim eu quero ser cigano!


P.S. Eu não tenho nada contra alguns, só muito contra a maioria.