Discotecas...

Voltei, voltei, voltei de lááááá, ainda ontem estava agora e agora já estou cáááááááááááá! 
 (esta frase é para ser lida a cantar)

Ena, até consigo sentir a vossa alegria demonstrada pelo meu regresso... Bom, o tema de hoje é o seguinte: Para que servem as discotecas?

É uma boa pergunta, mas não sei responder. Sei que para socializar não é! Quem é que consegue socializar com outra pessoa, enquanto se ouve um ruído que ultrapassa todos os valores máximos permitidos por lei? Então andamos nós a queixarmos-nos dos nossos trabalhos, nas fábricas, por exemplo, dizendo que as máquinas emitem muito barulho "E faz-nos mal!" e etc; e depois vamos para as discotecas, pagando uma entrada que é caríssima e estragar a saúde toda com o barulho e o álcool?! Acabamos por queimar todos os poucos neurónios que nos sobram...


Uma vez, apresentaram-me a uma rapariga (isto passado dentro da discoteca) e ficámos a falar... Eu só dizia que "sim", "não", "pois..." e nem sabia ao que é que estava a responder. A rapariga era bastante interessante - quando um homem fala em "rapariga interessante" deve-se ler "Bem boa" ou "Papava-a toda" - sei que me pediu o número de telemóvel e aí é que esteve o problema. Ambos apontámos os números mal.

Será preciso perguntar o que é que aconteceu? Passado algum tempo encontrei essa rapariga de dia e cumprimentámos-nos, mas não passou dali porque à luz do dia sou bem feio; é que à noite sempre dá para disfarçar se me colocar numa zona mais escura - verdade seja dita, à noite, e depois de muitos copos, toda a gente é gira, eu é que não bebo.

Talvez agora se compreenda por que é que nas discotecas há sempre uma cena de pugilato... É que é bastante fácil ocorrerem mal-entendidos. Um tipo ouve mal o outro, o outro grita-lhe aos ouvidos, o outro não gosta... e o caldo está entornado.

Já quando uma mulher engravida numa discoteca também é completamente compreensível... Como não se consegue conversar em condições, e para evitar mal-entendidos, mais vale ir para um local mais reservado e "falar mais de perto".

Estabelecendo uma analogia meio poética, posso dizer que as discotecas são como o mar. O espaço da discoteca é representado pela água, as mulheres representam as sardinhas, e os homens são os pescadores. O DJ e os seguranças funcionam um pouco como a "equipa de resgate"; se algum se afasta demasiado do barco, é imediatamente convidado a sair da água... E, normalmente, conduzido ao hospital.

Conheço um rapaz que ficou com a marca do anel do segurança na cara... Como eu lhe disse: "Só é pena não teres ficado com a marca de um mapa de um tesouro, na cara. Isso é que é de lamentar!".
Aqui o "Je" é que não se mete nesse antro de germes e de bactérias mais vezes... Muitos dos gajos vão mijar e nem lavam as mãos...Ainda dizem que "Sacudir a pila mais de 3 vezes é considerado masturbação!", eu inventaria uma melhor frase: "Se mexeres na pila não me cumprimentes!"



Já repararam que as discotecas são o que mais se assemelha àquelas seitas religiosas? Um gajo entra e ouve um barulho ensurdecedor, vemos dezenas e dezenas de pessoas, muitas delas viradas para um tipo que está num altar (a abanar-se e a contorcer-se), depois, também se vêem muitos seguidores num ritual muito estranho... Tipo, parece que estão a "estrebuchar", ou com espasmos involuntários - há quem lhe chame "dança", eu é que não quero ser desmancha prazeres e contrariar essa ideia...

Posso mesmo concluir dizendo que, nas discotecas, a matemática nem sempre é exacta. É que mesmo que entrem duas pessoas... Podem sempre sair de lá 3... Ou, então, entrar-se em pé e sair-se esticado (horizontalmente).

P.S.: Há gajos que perdem a vida nas discotecas... Eu já lá perdi uma chave.

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